Meu dia 29 de setembro de 2006
escrito no dia 2 de junho de 2004.
Neste momento, deste dia, estou
escutando Tetúlia e pensando...
Será que as coisas que acontecem conosco
são obras do destino?
Será premeditado tudo que nos ocorrerá?
Se isso for verdade, digo-lhes que é uma puta
de uma sacanagem.
Visto que seria sem graça lutar sabendo que
já está tudo escrito.
OU será que somos os únicos responsáveis
pelos acontecimentos e estado-consequência
provindo de nossas atitudes?
Se isso for verdade, reconheço ter
sido bastante idiota.
E ainda tem pessoas que se beneficiam
da sua burrice.
É um mundo realmente estranho!
Estava passando pela dor dos tempos ruins,
a dor dos tempos difíceis. Sentia a dor das perdas
e, com esta dor, vinha a dor de reconhecer os
erros que me levaram ao meu estado, deste dia.
Sentia dores "sacanares" nos punhos,
devido ao abuso da condição
do meu corpo em busca da felicidade
de poder pagar algumas contas.
Coloquei minha mente nas piores experiências,
lunáticas, perversas e infâmes.
O que me levou a chorar no colo da minha mãe.
Sentia uma enorme vontade de acabar comigo.
De acabar com toda esta dor que sentia. Sentia a
dor do medo do futuro. A dor do medo da velhice e
da segurança que tenho que conquistar para ela.
Sentia a dor da certeza da loucura. A dor de ter
a capacidade de avaliar a sinceridade das pessoas
numa simples avaliação óptica. A dor de sentir
uma dor desconfortável nos ombros e cotovelos.
Pensava comumente que acabar comigo seria
uma ótima idéia. Estava sendo bombardeado por dores.
Dores físicas, dores mentais, crises existênciais
e sentimentais. Me sentia um lixo. Tanto por fora
quanto por dentro.
Até que fui salvo!
É, finalmente salvo!
Deixaria, enfim, tudo de lado,
pois fui salvo!
Acreditem!
Fui salvo por uma incrível
e quase inseparável dor de dente!
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