1.24.2011

De volta para o Brasil - LER 001

Quando distantes da realidade os sonhos tornam-se uma grande aventura e quando deixam de ser sonhos tornam-se uma triste realidade. Voltamos, assim, de novo, à procura, como a sede de fuga. Sejam bem vindos à viagem:
Mais uma das milhares de subidas ao topo da grande montanha. Como sempre o clima muito agradável para mais uma viagem de pesquisa. Do passado e do futuro. Ao redor era possível ver as outras ilhas, as grandes muralhas para o mar Desanuviã. Dali também era vista toda a cidade e seu clarão, mesmo no começo do dia, pois brilhava mais durante as tardes.
Era uma pessoa também complicada de ser vista de longe, pois possuía metais de todas as cores, que ornamentavam suas vestimentas, assim como seu intenso cabelo branco, ofuscavam a visão com o brilho que devolvia aos raios do Sol. Seus passos eram pesados, cúmplices do seu tamanho que chegaria a alcançar 3 metros de altura, não fosse a sua idade que já pesava às costas.
Escolhia sempre o mesmo lugar para viajar e poder desconectar a vontade. Uma pedra, que cercada de flores de variadas espécies e cores, encontrava-se nas costas da montanha em relação à cidade, assim se sentia mais a vontade, quando considerava difícil vê-lo quem na cidade olhasse para a montanha, que era a maior entre as nove ilhas alí existentes. Sentou, puxou o ar, como se recuperasse o fôlego da subida, e retirou o objeto de uma sacola que sempre trazia no pescoço. Uma sacola pequena de couro de lagarto gigante, que trouxeram os soldados, de suas expedições em busca de metais e serviçais.
Com o objeto na mão, fez um movimento como se riscasse o céu e assim abriu uma janela com bordas indefinidas. Ao mesmo tempo tudo ao seu redor parava. O pássaro parava no ar o seu vôo, uma taturana pausava sua alimentação com as folhas, a vegetação ficava estática, enquanto imagens começavam a tomar forma dentro da janela.
Sentado nesta pedra, em frente ao grande abismo, ela assistia as estranhas imagens. Nela ele via uma multidão, todos em sua maioria vestidos de branco, se abraçando e comemorando, o que ele entendia como uma possível adoração a algum deus daquele povo esquisito que tragava bebidas e fumo ao mesmo tempo em que demonstrava grande felicidade. De repente um grande clarão na imagem, acompanhado de um estrondo o assustou, fazendo com que ele perdesse o equilíbrio e abrisse mão do objeto para garantir sua estabilidade e consequentemente sobrevivência, pois era uma grande queda daquele ponto até embaixo. Ainda conseguiu ver o objeto descer montanha abaixo enquanto se recompunha. Levantou-se e apressadamente seguiu a via que o levaria à busca do seu navegador, era o objeto, que possuía forma indefinida e brilho verde, como se fosse uma esmeralda sem polimento, mas ainda assim brilhava e hipnotizava quem o fitasse.
Foi o que aconteceu com o pequeno animal, que ali embaixo se encontrara, procurando alimentos, encontrou o objeto após a grande queda e hipnotizado pelo seu brilho o engoliu. A busca do velho foi em vão, desconhecendo a longa viagem que faria o objeto.

CONTINUA...

(Trata-se da primeira página de uma estória que aqui desenrolarei ao meu tempo)
Anôni Mattos

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